Elas podem ser coadjuvantes ou até protagonistas de uma boa decoração
Embora às vezes negligenciadas, as cortinas interferem no conforto térmico, na iluminação e na decoração. Falhar nos materiais ou nas cores pode comprometer a harmonia. Para não cair nisso, saiba quais são os tecidos mais indicados para cada estilo, como usar estampas e como substituir elementos ultrapassados por soluções inteligentes. E, por fim, não confunda persianas de madeira, PVC e alumínio com as cortinas-persianas. Sempre de tecido, costumam ser dotadas de ampla tecnologia.
1. ESTAMPAS
Marcantes nos anos 1970 e nos ambientes retrô, as cortinas estampadas voltaram com tudo. “Se os móveis e as paredes forem neutros, basta um tecido com poá ou flores para marcar bem o estilo”, orientam os arquitetos da NOP Arquitetura. No caso da mobília ou das paredes coloridas, prefira cortinas pastel. Outros estilos também aceitam certas estampas: adamascadas, com riscas de giz, arabescos e xadrez, nos clássicos; chevron, nos modernos; e tribais e animal print, em decorações coloniais. “Se o objetivo é não definir um tema ou evitar erros, opte pelas listras e estampas geométricas”, recomenda a arquiteta Beatriz Castanho. Vale, ainda, seguir a regra: espaços pequenos, estampas menores; ambientes amplos, maiores.
2. TECIDOS X ESTILOS
Ambientes clássicos pedem opções nobres como a seda, o shantung, o voile e o dupion, e franzidos com um pouco de volume. Além do algodão, tecidos transparentes, como a seda e o voile, são boas alternativas para casas modernas, desde que usados sem volume. “Esses tipos permitem que a paisagem permeie o interior e faça parte da decoração”, ensina a arquiteta Fabiana Visacro. Os cômodos rústicos pedem materiais naturais, como a palha e o linho. De acordo Tatiana com Gabriel, da JRJ Tecidos, e a arquiteta Joia Bergamo, o linho traz muita elegância e pode ser usado também na confecção de xales. Mesclar tecidos, embora possa ficar requintado, pode ser arriscado, por isso a designer de interiores Adriana Fontana recomenda um único tecido, de cor, padrão e modelo iguais, para evitar erros.
3. CORTINAS-PERSIANAS
Elas economizam espaço, vedam a luz, podem bloquear frio e calor e estão disponíveis em vários modelos e tecidos. “As mais utilizadas são a Silhouette e a Pirouette”, garante Joia. A primeira oferece níveis diferentes de privacidade, escurecimento e visibilidade, e é feita de tecido translúcido com lâminas verticais. Já a Pirouette traz total privacidade, quando necessário, e controla a luminosidade por meio de um sistema que recolhe os gomos do tecido. A romana também é bem cotada e, podendo ser confeccionada em seda, fibras naturais, blecaute de vinil ou tela solar, causa efeitos diversos de luminosidade. Além disso, está disponível em diferentes padronagens e, por isso, é capaz de tematizar os ambientes, bem como as cortinas convencionais.
4. AMPLITUDE
Se o pé-direito for baixo e o desejo for por um aspecto visual de maior altura, deve-se apostar nas pregas verticais. Tecidos com a mesma cor das paredes ou em tons próximos também geram efeito. De volta às lâminas em sentido vertical, elas podem servir para acompanhar portas de correr para que, quando abertas, não obriguem o recolhimento da cortina. “Já as pregas, costuras e listras horizontais achatam o ambiente, ou seja, diminuem a altura e aumentam a largura”, esclarece a responsável pelo marketing da Bella Janela, Jaqueline Schatz Medeiros. Nesse caso, invista nas romanas, colmeias de tecido ou persianas de madeira, bambu ou alumínio.
5. FUJA DELES!
Pingentes, abraçadeiras, penduricalhos e bandôs cheios de curvas e camadas para cobrir os trilhos estão em baixa na decoração. “Essas cortinas pesadas e cheias de ornamentos não conversam mais com a tendência atual, em que se busca mais leveza”, ressalta Beatriz Castanho. A sobreposição de cortinas também está em desuso, pois deixa a decoração carregada e acumula pó. “Hoje, cada vez mais, as pessoas buscam praticidade”, finaliza Jaqueline.
Fonte Casa e Construção
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