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Mercado de imóveis novos mostra sinais de recuperação.

Postado por: Grupo S2

Mercado de imóveis novos mostra sinais de recuperação em março.

Fonte: Secovi-SP

Pesquisa Secovi-SP aponta alta de 77%,8% nas vendas em relação a fevereiro. Lançamentos subiram 171,8%

 

O mercado de imóveis novos residenciais na cidade de São Paulo apresentou sinais de recuperação em março, diante de janeiro e fevereiro, meses tipicamente sazonais e, portanto, de baixo volume movimentado. O resultado, porém, ficou aquém dos excelentes números de março de 2013.

No terceiro mês do ano, foram vendidas 1.744 unidades residenciais novas, um incremento de 77,8% em relação a fevereiro. Em termos de valores, o volume negociado atingiu R$ 967,9 milhões, com variação de 98,9% sobre os R$ 486,7 milhões do mês anterior, atualizados pela variação do INCC (Índice Nacional de Custos da Construção), divulgado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas).

As vendas tiveram variação de -57,3% diante das 4.087 unidades comercializadas em março de 2013, período de lançamento de grandes empreendimentos residenciais.

A Pesquisa do Mercado Imobiliário, realizada pelo Departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP, apontou o segmento de 2 dormitórios como destaque no mês na cidade de São Paulo, com 730 unidades comercializadas e participação de 41,9% no total.

Já os imóveis de 3 dormitórios e de 1 dormitório praticamente empataram na segunda posição. Com resultado ligeiramente superior, unidades de 3 quartos tiveram 473 imóveis vendidos, o equivalente a 27,1% do total, enquanto os imóveis de 1 dormitório participaram com 454 unidades e 26,0% das vendas.

Das unidades colocadas em oferta, 59,4% são vendidas no primeiro ano, conforme o indicador VSO (Vendas sobre Oferta) de 12 meses. Expresso em porcentagem, o índice ficou em 62,4%, demonstrando queda em relação a fevereiro, provavelmente em decorrência do aumento no volume de lançamentos observado no mês de março.

Lançamentos residenciais

Em março, as 2.555 unidades lançadas superaram em 171,8% o mês anterior, quando foram ofertados 940 imóveis, conforme dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio). Com comportamento semelhante ao de vendas, os lançamentos tiveram variação de -10,2% em relação a março de 2013 (2.845 unidades).

Em valores, o montante lançado em março totalizou R$ 1,59 bilhão, uma alta de 181,4% comparada aos R$ 567, 1 milhões apurados em fevereiro, reajustados pela variação do INCC (Índice Nacional de Custo da Construção).

Diferentemente das vendas, o segmento com maior destaque em lançamentos foi o de 1 dormitório, com 1.066 unidades e participação de 41,7% no volume lançado. Imóveis de 2 dormitórios registraram 794 unidades lançadas (31,1%).

Primeiro trimestre de 2014

As vendas de 3.755 unidades no período de janeiro a março foram 45,3% inferiores às apuradas no primeiro trimestre de 2013 (6.862 moradias). Até o final de março, os lançamentos totalizaram 3.908 unidades, com queda de 26,6% em relação a período equivalente no ano passado.

Considerando o mercado segmentado por dormitórios, a participação dos lançamentos de imóveis de 1 dormitório dobrou de 17,0% janeiro a março de 2013 para 34,1% nos três primeiros meses deste ano.

Considerações finais

Os resultados de março provavelmente estão ligados às incertezas quanto aos rumos da economia nacional, com perspectivas de queda do PIB (Produto Interno Bruto), pressão inflacionária e a sazonalidade do primeiro trimestre do ano.

Os custos com aquisição de terrenos, acrescidos das contrapartidas exigidas pela administração municipal, pressionam os preços dos imóveis para cima, mesmo considerando o aumento de renda da população nos últimos anos, observa Emilio Kallas, vice-presidente de Incorporação e Terrenos Urbanos do Secovi-SP. Além disso, segundo ele, os debates envolvendo a revisão do Plano Diretor Estratégico do município geram um cenário preocupante, em razão de eventuais dificuldades que poderão reduzir o ritmo da atividade imobiliária na Capital e restringir seu público para uma faixa de maior poder aquisitivo.

“Apesar de a oferta de unidades em estoque, ou seja, não vendidas, se manter equilibrada, o mercado precisa reagir e retomar vendas no patamar de 30 mil unidades ou mais por ano, para atender a demanda e contribuir na recuperação da economia nacional”, considera o presidente do Sindicato, Claudio Bernardes.

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